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    Superintendente da Susep fala sobre projetos da autarquia

    2019-05-30

    Fonte: CQCS

    Nesta quarta-feira, dia 29, Solange Vieira, superintendente da Susep, esteve em São Paulo, conversando com a imprensa especializada. Na qual  realizou uma apresentação do setor e destacou as mudanças que autarquia está passando para contribuir com o mercado de seguros brasileiro. Na ocasião, ressaltou que a entidade não deve agir apenas como agente de fiscalização, mas auxiliar o mercado nas mudanças necessárias sempre com foco no consumidor e na livre concorrência.
     
    No cargo desde março, Solange acredita na livre iniciativa e percebe que o setor ainda tem altos custos administrativos. “Ineficiência da regulação ou concorrência pequena?”, questionou.
     
    Ela destacou que a Susep passa por uma fase de reestruturação administrativa e organizacional e serão criadas cinco diretorias. “A previdência aberta e fechada devem ficar sob uma mesma diretoria”, adiantou. Para ela, tanto a Susep quanto a Previc foram agentes fiscalizadores. “Temos que sair de fiscalizar e propor mudanças”, ressaltou.
     
    Sobre a união com a Previc,  Solange, salienta que o estudo já está sob análise no Ministério da Economia. “Se será projeto de lei ou Medida Provisória é uma decisão de Casa Civil e já está em discussão com o ministério da Economia”, afirmou.
     
    Solange Vieira que participará do CQCS Insurtech & Inovação disse que a Susep deve fomentar tecnologia. “Acreditamos na revolução tecnológica e queremos estar com o setor nesse processo”, ressaltou.
     
    Ela destacou como inovação recente da autarquia a questão da apólice eletrônica e o método de regulação “sandbox”. Solange explicou que o sandbox deve funcionar como uma aceleradora de pequenas empresas do setor “Isso permite que empresas nascentes tenham liberdade por um período de tempo para entrarem no mercado, se desenvolverem e não serem compradas por outras empresas”, disse.
     
    A superintendente destacou também a atuação dos corretores de seguros. Em sua opinião, a categoria desempenha um papel importante no setor, principalmente em processos mais complexos, como negócios de grandes riscos e resseguros, por exemplo. “Queremos crescer em operações sofisticadas. Acredito que com a tecnologia novos serviços sejam desenvolvidos como seguro de bike. Nesse sentido, talvez haja uma mudança de perfil para que os corretores mudem para perfil mais complexos”, analisou.
     
    Durante a entrevista, mais de uma vez ela ressaltou que sua gestão pretende manter uma linha de negócios de incentivo à concorrência e crescimento. “O setor público está no mercado para isso: condicionar o crescimento da economia e, como consequência, gerar emprego e desenvolver o país”. Por isso, disse ela, a produtividade deve ser a tônica dos próximos anos, apesar do cenário de crise fiscal do País.