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    ESFG acumula prejuízos de mais de 100 milhões nos primeiros nove meses

    2013-11-18

    A holding que controla o BES e a Tranquilidade apresentou os resultados dos primeiros nove meses do ano. Queda do produto bancário e comercial e aumento da rubrica de provisões leva o grupo a registar prejuízos de mais de 100 milhões de euros.

    O Espírito Santo Financial Group (ESFG) apresentou os resultados dos primeiros nove meses do ano, em que apurou um prejuízo de 107,6 milhões de euros. O resultado reflecte a deterioração na economia nacional, que pressiona os resultados das unidades de banca comercial e de seguros do grupo.

    Nos primeiros seis meses do ano, o ESFG tinha registado um prejuízo de 63,8 milhões de euros pelo que as perdas dos três meses que terminaram a 30 de Setembro de 2013 foram de 43,8 milhões. Há um ano, também nos primeiros nove meses, a holding apurou um resultado líquido positivo de 254,4 milhões de euros.

    A contribuir para as perdas acumuladas desde o início de 2013, esteve a deterioração de 15,1% do produto bancário comercial, face ao período homólogo, para 1.362,8 milhões de euros. A margem financeira recuou 16,1% para 809,0 milhões e o resultado de serviços a clientes deteriorou-se em 13,6% para 553,5 milhões.

    Também a contribuir negativamente estiveram as rubricas de resultados de operações financeiras e outros resultados operacionais. A primeira teve uma quebra de 74,1% para 74,8 milhões de euros e a segunda diminuiu 77,2% para 91,6 milhões.

    Nos custos, o aumento da rubrica que inclui as perdas com Amortizações, Provisões e Imparidades também penalizou, ao serem inscritas perdas de 1.151,5 milhões de euros. Apesar do esforço de redução de Custos com Pessoal, que diminuíram 6,3% para 898,2 milhões, o banco viu o total de custos operativos ascenderem a 5,5% face ao período homólogo para 2.432,2 milhões.

    Na unidade de seguros, o valor dos Prémios Brutos Emitidos Líquidos de Resseguro recuou 16,1% para 349,3 milhões de euros. Um valor que ficou aquém dos Custos com Sinistros Líquidos de Resseguro, ainda que estes tenham diminuído 20,5% para 352,3 milhões.

    O Resultado Antes de Impostos saldou-se numa perda de 498,1 milhões de euros. No entanto, e em virtude da situação de perdas, os impostos diferidos representaram um encaixe de 244,1 milhões. Os interesses minoritários, que normalmente também subtraem ao ganho antes de impostos no apuramento dos resultados, representaram um contributo positivo de 266,8 milhões.